COMO ERAM OS CROQUIS DOS MAIORES NOMES DA ARQUITETURA MODERNA BRASILEIRA?
Sabia que até mesmo os arquitetos mais renomados do Brasil se utilizam de simples croquis para conceber ideias brilhantes? O desenho não precisa ser complicado, mas acredito que sempre devem carregar alguns elementos chaves:
- Proporções bem definidas;
- Elementos que ajudem o observador a compreender a escala ( figuras humanas, vegetações, carros etc..);
- Conceito estrutural;
- Visão do observador bem definida.
Agora de uma olhada nos croquis e concepções projetuais de 4 arquitetos importantíssimos para arquitetura brasileira.
Perceba como os croquis de Niemeyer conseguem passar as sensações que o impacto visual da obra pretende causar. Por se tratar de um complexo arquitetônico a obra da Pampulha demandava uma linguagem estética harmônica entre os prédios, os estudos formais revelam essa preocupação.
O Arquiteto João Figueiras Lima mais conhecido como Lelé, além de trabalhar a obra como uma grande escultura, deixa claro suas resoluções estruturais e técnicas nos croquis. Note como a preocupação plástica está integrada com questões topográficas, ambientais e estruturais.
Os croquis da Casa Butantã de Paulo Mendes da Rocha respondem a várias condicionantes.. Perceba como ele envolve a casa com vegetações e trabalha as janelas de forma recuada para aproveitamento da vista e proteção solar. Já em relação a topografia, o arquiteto propõe um térreo livre para garagem aproveitando o desnível e os apoios estruturais também ficam evidentes, sendo estes concentrados no meio da casa criando dois grandes balanços.
O Masp (Museu de Arte de São Paulo) projetado pela Arquiteta Lina Bo Bardi, buscou uma solução estrutural que pudesse manter um vão livre de grande extensão para que a obra articulasse os dois lados da cidade, mantendo a vista da paisagem e favorecendo as relações sociais. Nos croquis fica claro a resposta técnica e a preocupação da arquiteta sobre o caráter interativo da obra com a população.
Obrigada por estar aqui! Até o próximo post 🙂